Acid. Trabalho - Elevador despenca e mata dois operários
09/01/12
Três técnicos da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) visitarão nesta sexta (6) as obras do edifício comercial Amazon Business, no bairro Santa Helena, em Cuiabá, para investigar a causa do acidente que provocou a morte de dois operários na manhã desta quinta (5).
Os trabalhadores estavam em um elevador que despencou de uma altura de 18 metros do solo depois que a estrutura que o suportava cedeu, por volta das 7h30. O guincheiro Eurico Jesus Ferreira, 38, e o mestre de obras Agnaldo Alves dos Santos, 40, morreram na hora.
As outras quatro pessoas que estavam no elevador tiveram ferimentos graves e foram encaminhadas ao Pronto Socorro da capital. Há informações de que quatro deles estariam carregando uma laje, e que o peso da mesma tenha provocado sobrecarga no elevador, que tem capacidade para 8 pessoas.
A obra é executada pela Pactual Construtora e Incorporadora, empresa cuiabana que atua no mercado da construção há apenas 14 meses como empreiteira. Esta é a primeira obra assumida pela empresa como construtora.
Esta manhã, técnicos da Superintendência de Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) estiveram no local para a liberação dos corpos. O irmão de Eurico, Cláudio de Jesus Ferreira, 46, que também é pedreiro, foi chamado às pressas para o local, onde chegou a ver o corpo do irmão. Com sete irmãos, Eurico tinha acabado de ser pai de uma menina, nascida há 18 dias.
Os 25 operários que trabalham no local se disseram chocados com o ocorrido, que apontaram também como “fatalidade”. De acordo com eles, para subir no elevador o trabalhador utiliza o Equipamento de Proteção Individual (EPI), composto de botas, luvas e capacete, além do uniforme. Não é usado cinto de segurança. “Foi uma fatalidade, nós temos acesso a EPI e sempre foi uma obra segura, nunca aconteceu nada aqui antes”, disse o pedreiro José Lino de Souza.
De acordo com o engenheiro responsável pela obra, Erli Ribeiro, o elevador tem seis meses de uso e teria passado por uma vistoria da SRTE há cerca de 50 dias, tendo sido liberado pelo órgão. Segundo a SRTE, as vistorias por si só não previnem os acidentes caso a própria empresa não faça checagens diárias dos equipamentos, procedimento que, na versão de Erli Ribeiro, estavam sendo feitos regularmente. O chefe substituto da Seção de Inspeção do Trabalho da SRTE, Érico Sampaio Bittencourt, argumenta que não é papel do órgão a fiscalização diária e, mesmo que o fosse, seria impossível com um efetivo de 40 fiscais para atender a todo o Estado, com exceção de Rondonópolis. “A maioria das demandas que recebemos vêm do interior, ou seja, estamos sempre viajando, o que torna mais difícil ainda acompanhar estas empresas”. Segundo ele, a ordem de serviço para a vistoria será emitida ainda nesta quinta e, caso seja comprovada irregularidade, será lavrado auto de infração e feita aplicação de multa. A empresa poderá ser responsabilizada criminalmente.
Os procedimentos de segurança para o setor da construção civil estão previstos pela Norma Regulamentadora 18 (NR 18) emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que estabelece diretrizes administrativas, de planejamento e de organização para a implantação de medidas de segurança. De acordo com a norma, “é obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira laje”.
O cumprimento desta norma também será investigado pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM), que acompanha o caso. De acordo com presidente da entidade, caso seja detectada irregularidade, o sindicato tomará as medidas judiciais cabíveis. “Estes equipamentos precisam ser vistoriados diariamente. Isso tem que ser acompanhado de alguma forma”. O sindicato deverá se pronunciar sobre este caso na tarde desta quinta (5).
Somente depois da perícia feita pela SRTE será determinado prazo para retomada da obra.
As outras quatro pessoas que estavam no elevador tiveram ferimentos graves e foram encaminhadas ao Pronto Socorro da capital. Há informações de que quatro deles estariam carregando uma laje, e que o peso da mesma tenha provocado sobrecarga no elevador, que tem capacidade para 8 pessoas.
A obra é executada pela Pactual Construtora e Incorporadora, empresa cuiabana que atua no mercado da construção há apenas 14 meses como empreiteira. Esta é a primeira obra assumida pela empresa como construtora.
Esta manhã, técnicos da Superintendência de Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) estiveram no local para a liberação dos corpos. O irmão de Eurico, Cláudio de Jesus Ferreira, 46, que também é pedreiro, foi chamado às pressas para o local, onde chegou a ver o corpo do irmão. Com sete irmãos, Eurico tinha acabado de ser pai de uma menina, nascida há 18 dias.
Os 25 operários que trabalham no local se disseram chocados com o ocorrido, que apontaram também como “fatalidade”. De acordo com eles, para subir no elevador o trabalhador utiliza o Equipamento de Proteção Individual (EPI), composto de botas, luvas e capacete, além do uniforme. Não é usado cinto de segurança. “Foi uma fatalidade, nós temos acesso a EPI e sempre foi uma obra segura, nunca aconteceu nada aqui antes”, disse o pedreiro José Lino de Souza.
De acordo com o engenheiro responsável pela obra, Erli Ribeiro, o elevador tem seis meses de uso e teria passado por uma vistoria da SRTE há cerca de 50 dias, tendo sido liberado pelo órgão. Segundo a SRTE, as vistorias por si só não previnem os acidentes caso a própria empresa não faça checagens diárias dos equipamentos, procedimento que, na versão de Erli Ribeiro, estavam sendo feitos regularmente. O chefe substituto da Seção de Inspeção do Trabalho da SRTE, Érico Sampaio Bittencourt, argumenta que não é papel do órgão a fiscalização diária e, mesmo que o fosse, seria impossível com um efetivo de 40 fiscais para atender a todo o Estado, com exceção de Rondonópolis. “A maioria das demandas que recebemos vêm do interior, ou seja, estamos sempre viajando, o que torna mais difícil ainda acompanhar estas empresas”. Segundo ele, a ordem de serviço para a vistoria será emitida ainda nesta quinta e, caso seja comprovada irregularidade, será lavrado auto de infração e feita aplicação de multa. A empresa poderá ser responsabilizada criminalmente.
Os procedimentos de segurança para o setor da construção civil estão previstos pela Norma Regulamentadora 18 (NR 18) emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que estabelece diretrizes administrativas, de planejamento e de organização para a implantação de medidas de segurança. De acordo com a norma, “é obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira laje”.
O cumprimento desta norma também será investigado pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM), que acompanha o caso. De acordo com presidente da entidade, caso seja detectada irregularidade, o sindicato tomará as medidas judiciais cabíveis. “Estes equipamentos precisam ser vistoriados diariamente. Isso tem que ser acompanhado de alguma forma”. O sindicato deverá se pronunciar sobre este caso na tarde desta quinta (5).
Somente depois da perícia feita pela SRTE será determinado prazo para retomada da obra.
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